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sábado, 30 de abril de 2016

Uma Música

Heey, 
um tanto quanto sumida, mas se não fosse assim talvez não seria eu, não seria o Retcência. 
Alguém ainda passa por aqui? (além de mim) 
Bom, ainda assim esporadicamente posto, como se alguém aí do outro lado pudesse ler e talvez se sentir bem com o post. 
Hoje vim deixar uma indicação musical, faz umas semanas que descobri ela: Aurora. Já começamos com um nome maravilhoso, então passamos para uma voz viciante e clipes incríveis, cheios de expressões corporais. 
Essa foi a primeira música que escutei dela: Runaway 


Aurora se apresentou na Premiação do Nobel da Paz em 2015, e além dos clipes e músicas vale a pena dar uma olhada na apresentação dela no canal do  Tiny Desk Concert.
Essa foi a indicação do dia, semana ou mês. Quem pode nos garantir? haha
Espero que tenha alguém aí, pois no Facebook sempre temos novas visitas! Se ainda não curtiu, dá um like para eu saber que você está aí. haha

Beijos&Abraços

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Às vezes sou pés

Imagem: weheartit.com

Era o segundo ônibus do trajeto, e felizmente o último, eu estava de pé, perto da porta do fundo. Costumo olhar para janela, mas intercalo com olhares fixos no chão, e em um desses olhares reparei um pote de sorvete jogado no chão.
Meu primeiro pensamento foi de como a preguiça e falta de educação pode ser tão grande em uma pessoa; pois não custa tempo, dinheiro ou gasto de energia para continuar segurando um pequeno pote vazio para colocá-lo na lixeira. Quando vejo lixo jogado não consigo entender o que se passa na mente das pessoas que os jogaram. Talvez não se passe nada, por isso cometem esse ato.
Com o movimento do onibus o pote rolou em minha direção, e vagarosamente eu movi meu pé para que ele não esbarrasse em mim. Meu tênis já estava molhado da garoa que haviámos tomado pouco antes, mas foi automático desviar meu pé daquele pote sujo de sorvete derretido. Ele passou por meus pés, e não acompanhei até onde ele iria. Como estava em pé perto da porta, imaginei que ele iria cair nas escadas.
Porém para minha surpresa ele retornou para perto de mim. E mais uma vez eu desviei, como se houvesse a possibilidade de ele não incomodar mais, caso ignorado. Esta situação do retorno, e meu movimento repetitivo de desvio fizeram-me refletir em como muitas vezes passamos por isso.
O pote de sorvete vazio e sujo são as decisões que temos que tomar ao decorrer da vida, e nós somos os pés que, quase involuntariamente, tentam se desviar. Mas assim como o potinho voltou com o movimento do veículo, as decisões também retornam.
Podemos adia-las, mas uma hora ou outra temos que resolver qual caminho tomar, sem novos desvios.
E quando estava devaneando sobre as vezes em que fui meus pés o pote se foi, olhei para trás e não o encontrei, nem quando desci o vi nas escadas. A vida tem diferentes formas de nos mostrar algumas verdades, e hoje uma delas foi por meio de um simples pote de sorvete jogado ao fim de um ônibus.