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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Palavras Incertas...




          Quase três da tarde e eu ainda pensava naquela manhã, escola, rotina normal, e ele seguindo a vida dele, não sei como consegue ser tão perfeito. Minha obsessão crescia a cada dia, na verdade não era bem obsessão, era dependência, vício dele, e como vícios vão aumentando cada vez mais, o meu também foi.
          Não suportava só vê-lo, eu tinha que tocar aquele rosto, abraçar aquele corpo, e sem dúvidas beijar aquela boca. Na mente era tudo mil maravilhas, eu sonhava, me realizava, mas quando lembrava que aquilo era apenas minha imaginação tudo voltava a ser como era. Já era algo maior que eu, um sentimento que me sufocava.
          E tudo isso foi indo, e quando vi já tinha se passado um bimestre e eu com aquela paixão por um garoto que nunca nem falou comigo. Havia duas alternativas para minha situação, ou chegava nele e contava oque estava se passando, ou aceitava que era apenas uma paixão platônica.
          Já que estava vivendo aquela loucura, resolvi abrir o jogo, e no dia seguinte, eu toda estabanada, cheguei nele, e com palavras incertas se passando em minha cabeça, só consegui falar: “Oi, meu nome é Amanda”. Ele ficou parado, sem entender, mas disse: “Oi Amanda”. Eu, mais tonta do que o normal só arranjei uma frase para falar: “Você tem régua para me emprestar?”. Ele tinha, e me emprestou, fiquei me consolando mentalmente, pelo menos teria que voltar a falar com ele quando fosse devolver a régua. 

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